sábado, 20 de fevereiro de 2010

Todo o tempo, de verdade

A luz do quarto acendeu e eu me perguntei onde é que eu tava. Um misto de medo e de alegria, uma coisa meio perturbadora.
Me lembrei que posso ter deixado o forno ligado e o pacote de gelo derretendo na mesa. Umas garrafas, uns copos...Rolara uma festa aqui. Fato.
A cabeça dói, tentando lembrar os momentos bons de uma noite que parecera não ter fim, nem tampouco, nexo.
Peraí, alguém quebrara uma caneca na cozinha. Lembrei-me do barulho assim que pisei num caco-de-vidro. E agora lembro-me que essa coisa, essa coisa sem nome que to sentindo parece ser um aperto bem forte_ e bom, no peito. Ainda tem costelinha aqui no microondas.. Achei uns sapatos ao lado do sofá...e percebo que meus cd's estão fora da ordem e das caixas.
Como uma onda, o som do interfone chega aos meus ouvidos me fazendo tremer de dor. Um arrepio corre a espinha em uma velocidade impressionante, acompanhando o som do meu coração que parece querer saltar!
Não tenho água pra beber...e estou atrasada.
Agora deixo escapar um sorrisinho ao me lembrar do que acontecera; Uma pena aquele momento ter ficado no ontem.
Mesmo assim, ainda consigo sentir seu cheiro no meu cabelo.
E tem uma marquinha pequena do seu cigarro no meu pulso.
Pra mim, é suficiente que eu tenha me sentido bem..as coisas estão melhorando.
Um bom banho, uma coca gelada e academia.
É do que, necessariamente, estou precisando.



Bon'jour

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